Depois de ver as minhas notas dos exames nacionais da 1ª fase, não é muito fácil manifestar a minha opinião sobre o ridículo em que caíram as provas, sob pena de ser desagradável. Pensei que ia ter melhores notas, esperava isso, não escondo. Porém, o que mais me frustrou hoje foi ouvir as declarações da Ministra da Educação na RTP1, em que afirmava que as provas tinham sido 'adequadas aos programas' e que os alunos baixaram as notas não por 'facilitismo' mas por 'estudarem pouco'. Para além disso, só foram mencionadas, que eu tivesse reparado, as provas de Física e Química, Matemática A, Biologia e Geologia e Português.
Mostro agora o meu completo desacordo perante as declarações da Ministra da Educação, uma vez que a minha prova de História A (existe, sabem?! e requer exame também!!) foi totalmente desajustada do programa, e a prova de Português completamente facilitada para os alunos com menos capacidades, ou que 'precisam de média', quem sabe... Isto porque (e é o que mais me chateia) assisti a situações em que colegas meus que tiveram uma média de 15 ao longo dos três anos de secundário tiveram exactamente a mesma nota que eu, que fui com média de 18 a exame (sim, 14,6. Fixe!). E isto tudo porque o exame era completamente óbvio e eu que estou habituada a ter que justificar as minhas opções, explorar textos e ler nas entrelinhas, vi mais do que podia!
Já em História, a minha indignação mantém-se. Tenho um dos melhores professores a nível nacional, que escreve livros para preparação de exame, que exige dos alunos ao longo de três anos, e que me levou a exame com 18. Porém, num exame em que eu sou avaliada a nível de interpretação e de capacidade de 'desenrascanço', eu consigo um 16,1! E não me digam que eu não estudei, não me digam que eu não sei a matéria e que não percebo de História. Porque eu SEI o programa, fiz testes de 19 valores durante todo o ano, e com o meu professor não há cá facilitismos.
Por fim, afirmo só a minha total descrença nos exames nacionais e neste sistema de ensino. Queriam estatísticas, temos estatísticas!! Agora não me venham com tretas de que estes resultados são fiáveis...
(peço desculpa por faltas de coerência de raciocínios e por possíveis letras que ficaram por escrever.)
Não há facilitismos? Aconselharia antes de falar a consultar os exames de 89-2003 e depois talvez possa dizer se ainda acha isso. Os exames este ano foram ligeiramente menos fáceis que os do ano passado e os alunos não estavam preparados pois habituaram-se mal.
ResponderEliminarConcordo quando é dito que este sistema de ensino não é ideial. O que dirão os alunos que estudaram bastante para um exame e que, devido ao nervosismo, tiveram notas que não representam aquilo que sabem. E não digam que isto é uma desculpa, porque acontece mesmo! Nunca risquei tanto um exame como o de matemática. Apesar de ter tido um 15, sei que estive muito à quem de demonstrar as minhas capacidades reais. Sinto-me indignado com este sistema de ensino, porque não é justo que a(s) nota(s) de exame contribua(m) tanto para as classificações de ingresso. Não estamos a ser mal preparados, muitos de nós temos professores bastante dedicados, mas as nossas capacidades não são avaliadas correctamente.
ResponderEliminarNão é a tua experiência pessoal que descredibiliza os exames. E pelas médias dos exames deste ano, nota-se claramente que não foram feitos para estatísticas. Vocês estavam era a espera da sorte dos exames do ano passado.
ResponderEliminarConcordo com o último comentário. Tantos desabafos e acusações impulsivas. Tive 18 no exame de Português e não o achei nada dificil, muito pelo contrário. É necessário estudar de forma correcta (não exaustiva, como muitos ingénuos) e ir para a sala com calma.
ResponderEliminaro exame de história está desajustado do programa? Se diz isso é porque então não conhece assim tão bem o programa como pensa.
ResponderEliminarProvas rídiculas só porque tiveste má nota? O mundo gira a tua volta?! Quanto a História, cheira-me que és daqueles que decora o livro, e chega aos testes e debita o que leu... Se te perguntam o que aconteceu no pós II Guerra Mundial um mês depois já nem te lembras... Isso é aprender? Então tu desces a média a História e os outros sobem e a culpa é da Ministra? Vê lá, não vás tropeçar a saída da escola e culpa também é da ministra.
ResponderEliminarE já agora de que serve ter um prof que escreve livros quando os alunos lêem as palavras que lá estão sem entender?
com matematica aconteceu o mesmo ! os bons não são reconhecidos, conheço pessoas q tiveram sempre 20s nos intermedios e em testes de professores exigentes e agora não passaram dos 17s e outros alunos médios apareceram-lhes 18s e 19s sem saberem como
ResponderEliminarsistem totalmente injusto
Não andaram aos gritos a dizer que os exames eram básicos, fáceis, para atrasados mentais? E estas notas miseráveis?
ResponderEliminarComo se justificam?
Quem vos falhou, meus meninos?
queridos anónimos,
ResponderEliminaro exame de história, disse-o desde sempre, foi totalmente desajustado do programa. Se o viram, sabem perfeitamente isso. Se não viram, não falem. A minha nota nem sequer foi má, mas pura e simplesmente a Sra Ministra da Educação estava totalmente errada, NA MINHA OPINIÃO (Blog de opiniões, hã?!), porque o exame tinha muito muito pouco de História. Eram tretas. E eu não me safei.
Quanto aos meus métodos de estudo, agradeço respeito, porque aposto que sei muito mais de História do que alguns anónimos que têm a mania que são universitários e que (esses sim!) têm a mania que o mundo gira à sua volta.
E, por fim, quando afirmei não haver facilitismo, referia-me ao método de ensino adoptado pelo meu professor de História! E quando referi que não havia facilitismo (nas primeiras linhas) referia-me a palavras da Ministra da Educação.
A mim já me ensinaram que só se fala quando se sabe do que se fala. Se os anónimos (que nem a cara dão) não sabem façam-nos um favor: não discutam. E, pelo amor da Santa, deixem-nos ter opinião!
A verdade é só uma: cairam na esparrela de um director de jornal para criarem um blogue que ia mostrar ao mundo como os exames são fáceis.
ResponderEliminarExpuseram-se: agora, vivam com as consequências.
Tivessem estudado em vez de andar em desabafos parvinhos para jornalistas.
O exame de Historia passava pura e simplesmente por analisar os documentos e ao mesmo tempo aplicar conhecimentos adquiridos. Desajustado do programa? Pelos vistos o método de ensino do teu professor, ou o teu de estudo é que estavam desajustados..
ResponderEliminarPodendo ou não o exame de historia ter sido desadequado (ou até quem sabe talvez tenha sido o ensino de um professor específico desadequado...) ainda vão ver caros jovens, quando tiverem acabado o curso e estiverem a trabalhar, que o ensino de secundário é um facilitismo enorme para quem aspira a tirar um curso, que são poucos os alunos que estudam, e mesmo quem estuda, estuda muito pouco. Os alunos vão mal preparados, não porque sabem ou não a matéria, mas porque não quanto é preciso estudar, nem sequer sabem estudar. A prova disso é o facto de constantemente os alunos discutem o que sabem e o que não sabem, e não o quanto estudaram ao longo do ano. Acreditem, de quem não há muito passou onde vocês estão, que ainda vão olhar para trás e pensar como era fácil os exames e como na verdade não estudaram nada..
ResponderEliminarAo anónimo das 23.40 de ontem
ResponderEliminarAlguns exames de português foram passados por um crivo muito apertado, outros, médio, e outros ainda, por um bem largo.
Provavelmente o teu 18 é merecido, mas, quem sabe, se tivesses apanhado outro professor-corrector a tua nota tivesse vindo por aí abaixo como aconteceu a muito boa gente, tão inteligente como tu. Nesse caso, terías decerto uma postura bem mais modesta. Aliás, um pouco de modéstia fica bem a qualquer um!
Esta gente habituou-se a perguntas com a resposta escancarada... Agora se têm que analisar os textos e contextualizar, chapéu! Quando chegarem à universidade vão perceber que fazer isso de decorar só vos dará para uns míseros 12, 13...
ResponderEliminarVi o exame, e naquele exame não era o 17 que o tive há dois anos, era um 19 ou 20... Que coisa mais acessível...
1ºPonto - Meus caros eu posso compreender (ou pelo menos tentar) a posição de muitos de vocês mas não concordar, não é por essa razão que vos atacar pessoalmente, ou sequer de qualquer outra forma, entendam por favor que um blog é um local onde se dão opiniões e para todos os efeitos se devem respeitar. Muitos do que comentam atacam pessoalmente os bloggers não os conhecendo de forma alguma.
ResponderEliminar2º Ponto - Não entendo que parece só comentar para defender a Ministra. Ela já e grandinha e tem acessos a muitos meios de comunicação. Mais uma vez entendo perfeitamente que a defendam mas algumas pessoas parecem só comentar para o fazer e não para comentar directamente sobre a qualidade ou não dos exames.
3º e ultimo ponto - Eu considero que os exames são desajustados. Por qualquer razão que não entendo parecem não se enquadrar com a realidade do ensino, e, tendo passado por esse processo, não precebo porque é que eles não são ajustados. Temos de tudo como no mercado, exames de um facilitismo extremo, exames com erros, critérios que aparentemente não se enquadram com as preguntas, etc... Entendam que não estou só a falar deste ano mas de um certo padrão que atingiu o seu pico por volta do ano passado com um exame de Matemática bastante cómico, que até parecia que gozava com os alunos que para ele tinham estudado (os que não estudaram agradeçeram)e que marcou pela negativa o meu ano.
Infelizmente o padrão continua a repetir-se. Talvez seja bom a algumas das pessoas que comentaram consultar também os comunicados de,se não me engano, matemáticos franceses e espanhois a exigirem que as nossas estatisticas não contem pois os exames (isto referente ao dos do 9º ano deste ano lectivo) foram extremamente facilitados e desenquadrados da realidade.
Dito isto por favor mantenham a discussão saudável e sem ataques pessoais pois, embora muitas vezes não pareça, estamos numa democracia. Obrigado
os exames são desajustados pois não compensam quem se esforça. Estão feitos para as estatisticas e fazem com que alunos muito bons sejam igualados ou mesmo ultrapassados por menos bons. Exemplo são os exames de matematica que todos vieram dizer ser mais dificil que o ano passado mas que não apelava ao raciocinio
ResponderEliminarE eu me vou rindo com estes meus colegas irritados, armados em vítimas, porque tadinhos, tiveram má nota... Olha, fui a exame de Português com 18 também e tirei uma nota BEM SUPERIOR à tua... É chato não é? E pensar que a culpa não é do "sistema"?
ResponderEliminarFalta muita humildade na tua crónica. Com uma mentalidade assim vais ter muitos dissabores durante a vida...
Caros cronistas,
ResponderEliminarEscrever ou expor a nossa opinião implica disponibilidade para ouvir críticas e discordâncias. Claro que condeno ataques pessoais, mas uma crítica não tem de ser encarada como um simples ataque pessoal. Algumas das críticas apresentadas são o resultado da livre e sã vivência do espírito democrático.
Os exames de História deste ano (quer o 623, quer o 723) foram mais fáceis. Não pelo exame em si (grupos de documentos e construção das perguntas), mas pelos critérios de correcção. Quanto à pergunta de desenvolvimento as diferenças que este ano apresentou foram positivas e até desejáveis.
Vários comentadores discutem a aproximação do exame ao programa. Contudo, esquecem-se que para além do programa também são tidas em conta as competências específicas da disciplina de História.
Penso que se olharem para o exame observarão que este ano existe um maior equilíbrio entre os documentos, questões e critérios de correcção. Os temas abordados são relevantes e, geralmente, recebem forte atenção da parte dos docentes (com excepeção do primeiro grupo da prova 723).
História não é decorar (felizmente, esses tempos já lá vão...), mas implica a aquisição de certos conhecimentos (que os alunos deverão memorizar) para poderem articular com os documentos apresentados...
Infelizmente, esta disciplina tem um exame que não é acessível, pois não se pode levar calculadora com fórmulas, nem é composto por uma imensidão de respostas de escolha múltipla, etc...
No entanto, os alunos sujeitos a um exame de História estão aptos (ou deveriam estar) a construir conhecimentos a partir de fontes primárias e secundárias. Para História não é preciso estudar/marrar/decorar muito, é preciso saber trabalhar bem as competências e os conhecimentos adquiridos.
Espero que todos tenham sucesso na próxima etapa da vossa vida e que entrem nos cursos que desejarem. Daqui a umas semanas já nem se lembram dos exames...
BOA SORTE A TODOS....
Anónimo disse...
ResponderEliminarE eu me vou rindo com estes meus colegas irritados, armados em vítimas, porque tadinhos, tiveram má nota... Olha, fui a exame de Português com 18 também e tirei uma nota BEM SUPERIOR à tua... É chato não é? E pensar que a culpa não é do "sistema"?
Falta muita humildade na tua crónica. Com uma mentalidade assim vais ter muitos dissabores durante a vida...
9 de Julho de 2009 17:19
Ah, desculpa lá a falta de humildade no meu texto! Mas, perdoa-me, onde está a humildade no teu?
Tiveste mais que eu? WOOOW, boa! Não era difícil, e se te sentes feliz isso é bom!
Falta de humildade é vir para este blog 'deitar abaixo' e quase insultar!
Sou burra, tive 15 no exame de Português mas... Vou entrar no que quero! É fixe, hem? Andar a brincar e ter uma nota baixa no exame e, MESMO ASSIM, entrar na faculdade!
;)
Por isso mesmo é que gozo contigo, que dramatizas demais uma situação que não é necessário dramatizares.
ResponderEliminarAbsolutamente lamenetável quase tudo o que li aqui... De facto, Joanne, devia ter mais moderação na forma como reage às críticas que lhe são dirigidas, que também essas deveriam ser comedidas... (Hugo)
ResponderEliminarEste comment chega atrasado, mas vem a propósito.
ResponderEliminarNão assino para não pensarem que estou a mentir ou a gabar-me. Tive 20 no exame do historia: a minha professora preparou todos os alunos para algo de muito mais difícil...as notas foram excelentes na minha turma e isso deveu-se a um ensino brilhante da matéria. Quanto a português, pensei que ia ter bem melhor (16,8), mas não me posso queixar. O exame de geografia era básico e as notas penso que foram boas